RELAÇÃO

08.04.2011

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  • Texto
  • Artistas

A proposta de William Keri, que dá título à exposição – “Relação” -, se constitui como uma pseudocuradoria da mostra onde são indicadas possibilidades de apreensão das relações entre as obras e os artistas por meio do diálogo e agenciamento entre escrita e imagens.

O afeto, para além do sentimento de ternura e carinho que podemos desenvolver pelas pessoas, coisas ou experiências, também pode ser entendido como a possibilidade que temos de afetar e sermos afetados pelos outros e pelos objetos, como bem apontou o filósofo Baruch Espinosa, no século XVII, em seu livro “A Ética”.

Nesse sentido, o afeto é importante porque tem o poder de nos influenciar fisicamente, emocionalmente e referencialmente. No campo artístico, ser afetado por um objeto de arte, ou mesmo afetá-lo, pode criar uma experiência estética importante para que novas subjetividades se produzam, nos convocando a refletir sobre as nossas próprias existências e realizações.

A exposição “Relação” propicia aos espectadores o contato com variadas estéticas e representações do ato de afetar e ser afetado, instigando diálogos e reflexões sobre as percepções afetivas no cenário contemporâneo.

William Keri
São Paulo, março 2011

Bertoneto Souza
A realização deste constitui a consolidação de algumas etapas de um projeto pessoal, iniciado faz muitos anos, dedicado a arte e ao seu ensino. Este processo se tem caracterizado em primeiro lugar pela simultaneidade da ação docente, discente e artística, e em segundo por ocorrer em uma única instituição de ensino superior. Formação e capacidade para abordar o objeto artístico em atividades de estudo e pesquisa, com interesses voltados para o desenho e a escultura. A produção artística no espaço público urbano.

​Carlos Gonzalez, 
(1974).
Vive e trabalha em São Paulo. Trabalhou com design e comunicação por mais de 15 anos. Participou de sua primeira mostra coletiva em 2009, no SESC Sto Amaro, com a obra “Ex-Tensões”. Em 2009 compôs o grupo de artistas selecionados para o edital da Galeria 13, com os registros das performances “Heterossexual come macarrão com carne” e “Heterossexual come macarrão com carne II”. No edital de 2010 da Galeria 13 apresentou mais um registro de performance, “Ações funcionais sobrepostas...”. Possui um canal no youtube onde publica o registro de seus processos artísticos em pinturas, tal como registros de performance e video-artes com o total de 5232 visualizações do material disponível desde junho de 2008. Hoje se encontra em um grupo de discussão, pesquisa e produção com os artistas Bertoneto Alves de Souza, Liz Magalhães, Luli Guilarducci, Karine Guerra, Luciano Zanette, Murilo Kammer e William Keri.

​Karine Guerra, 
(1985, São Paulo, SP).
Vive e trabalha em São Paulo. Atualmente conduz pesquisa voltada à investigação de potencialidades estéticas e metafóricas em um campo de encadeamentos - especialmente - entre vídeo e escultura, que emergem de uma lógica de expansão do dispositivo cinema em seus formatos mais experimentais (pré-cinema). É Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2010).

Liz Magalhães, 
(1983, São Paulo, SP).
Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Atua a mais de dez anos com ações educativas, priorizando a mediação em artes. Sua produção artística é o reflexo de questões de seu mundo interno e suas mitologias pessoais.
 
Luciano Zanette, (1973, Esteio, RS).
Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em escultura (2002) e mestre em poéticas visuais (2007) IA-UFRGS. Em 2007 recebe os Prêmios Açorianos de Artista do Ano de 2006 Destaque Escultura. Participou do Programa Rumos Visuais 2008–2009 do Instituto Itaú Cultural (2009-10). Professor no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

​Luli Guilarducci, 
(1977)
Tem formação acadêmica na área de artes, informática e design. Atualmente aprofunda sua pesquisa da Estética do Banco de Dados, o lado humano do mundo digital. Seus trabalhos são constituídos de registros de ações cotidianas, uma maneira de viver intensa e constantemente a produção artística e quebrar o automatismo de seu próprio olhar e dos participantes ao mostrar resultados visuais alternativos e críticos da realidade.

​Murilo Kammer, 
(1978)
Vive e trabalha em São Paulo. Desenvolve projetos multimidiáticos e participativos em esferas artísticas e educacionais. Em suas produções de ateliê, pensamentos gráficos e pictóricos relacionam-se com processos causais, representacionais e simbólicos. Estímulos referentes à natureza, à ideia de cura, e aos princípios herméticos, centralizam sua pesquisa poética.
 
​William Keri, (1986, São Paulo)
Vive e trabalha em São Paulo. Pós-graduando em Arte: Crítica e Curadoria pela PUC-SP e Bacharel em Artes Visuais (2010) pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Atualmente é curador do Museu Belas Artes de São Paulo e sua produção artística lida com o diálogo entre práticas conceituais, museológicas e curatoriais.